Você já ouviu falar em Inteligência Artificial, não é mesmo? Mas conhece os benefícios que essa tecnologia pode trazer para o varejo? Este é o assunto deste artigo!
Afinal, diz-se que a inteligência artificial ajuda a aprimorar o relacionamento com os clientes e proporcionar uma experiência de compra ainda mais marcante. Isso, por sua vez, ajudaria a impulsionar as vendas. Será mesmo?
Para esclarecer essas questões, conversamos com Hélio Teixeira. Ele é fundador do Instituto Hélio Teixeira (IHT), instituição científica dedicada ao desenvolvimento de estudos e pesquisas em Ciência de Dados e Inteligência Artificial.
No bate-papo, Teixeira revela tudo o que você precisa saber sobre IA e como ela pode ser aplicada em sua loja. Acompanhe!
A inteligência artificial (IA) é uma área da ciência da computação formada por sistemas que simulam a capacidade humana de pensar de forma racional e inteligente.
A IA possibilita uma interação maior entre o homem e a máquina na busca por soluções que, no caso do varejo, melhoram a relação com o cliente e, consequentemente, as vendas.
A inteligência artificial consiste em um sistema alimentado por um banco de dados, com informações precisas e uma surpreendente facilidade de armazenar e cruzar informações.
Com ela, “os dados deixam de ser apenas informações passivas, arquivadas no computador, e começam a direcionar a operação, a definir o que fazer para responder a uma demanda ou pesquisa do gestor do negócio”, explica Teixeira.
Um exemplo prático dessa tecnologia são os chatbots, utilizados para o atendimento ao cliente, via mensagem de texto.
Sabe quando você acessa uma página em uma rede social, ou até mesmo o site de uma empresa, e sobe uma janela com a opção de chat online para atendimento? Isso é inteligência artificial sendo aplicada na prática!
Os chatbots funcionam assim:
O sistema é alimentado com as perguntas (e respostas) mais comuns. O robô, então, realiza o atendimento, promovendo uma interação mais “humana” com o consumidor.
Quando a pergunta feita não está no banco de dados – ou seja, não há uma resposta programada –, o cliente é encaminhado para um atendente.
Bacana, não?
E quanto mais essa tecnologia avança, menos o consumidor percebe que está conversando com um robô, e não com uma pessoa de verdade. Isso, por sua vez, torna o uso da ferramenta cada vez mais interessante tanto para os consumidores, quanto para as empresas.
Nós já falamos sobre os chatbots em detalhes aqui no blog. Se você perdeu esse artigo, clique aqui!
Segundo Teixeira, o varejo pode se beneficiar muito dos avanços dessa tecnologia. “Na verdade, eu acredito que nós estamos prestes a presenciar uma mudança estrutural sem precedentes na história da gestão do negócio varejista”, afirma.
Para entender melhor:
Pense em uma rede de supermercados, que todos os dias vende milhares de mercadorias para centenas de clientes.
Os terminais de ponto de vendas são digitais e registram os detalhes de cada transação – dados, identificação do cliente (definida por um programa de fidelidade), o que foi comprado, o valor pago pelo produto e o valor total gasto etc. As lojas são conectadas on-line e os dados de todos os terminais são instantaneamente coletados em um banco central.
Com as informações coletadas e a inteligência artificial, é possível traçar o perfil do consumidor e definir quais produtos ele tem mais chances de comprar. Isso tudo por meio de estatísticas e pela facilidade que o sistema tem em cruzar informações e definir os perfis.
Não é ótimo?
E o mesmo pode ser aproveitado em sua loja!
“O comportamento do cliente não é completamente aleatório. As pessoas não compram coisas ao acaso no supermercado. Quando compram cerveja, compram também batatas fritas. Escolhem sorvete no verão e doces típicos na época das festas juninas”, explica Teixeira.
Ou seja, essa reflexão deixa claro como a inteligência artificial pode ser útil ao varejo. Concorda?
Hoje, já é possível encontrar soluções de inteligência artificial adaptáveis a qualquer tipo de negócio, para diferentes áreas da loja, independentemente do seu porte ou ramo de atuação. Estes são alguns bons exemplos disso:
Um consumidor pode navegar por um catálogo digital, disponível na loja física ou virtual, que faz perguntas específicas sobre o produto que ele deseja comprar. Com base nas informações pessoais – tamanho, preferência de cor, entre outras –, o catálogo mostra itens mais personalizados. O mesmo pode ser utilizado para indicar livros, acessórios ou outros produtos.
Falamos sobre o aplicativo Busca Look, da Dafiti, no artigo O futuro do varejo – Ponto de venda mágico. Clique aqui para ler e dê o play no vídeo abaixo para entender como funciona.
As empresas estão desenvolvendo plataformas de IA que permitem que os usuários experimentem diferentes produtos por meio de espelhos virtuais, ao invés de precisar provar as roupas fisicamente, oferecendo um número ilimitado de opções.
As câmeras de segurança, em combinação com as atuais tecnologias de visão computacional, podem ajudar a informar os varejistas sobre o nível de exposição, engajamento e circulação dos clientes em toda a loja. Essa informações são preciosas para definir o posicionamento correto dos produtos.
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A tecnologia de inteligência artificial já permite monitorar o sucesso de determinado produto por meio dos gestos faciais e manuais do cliente. A maneira como os compradores reagem a um determinado item informa aos “assistentes robóticos” se ele é um potencial de vendas ou não.
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Mas não é só isso!
Você pode, também, usar a Inteligência Artificial de formas mais simples em sua loja.
É possível, por exemplo…
Ou seja, só coisa boa – e importante para o sucesso do seu negócio!
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Amazon Go e o varejo centrado no mobile
Conhecendo melhor o seu cliente e os hábitos de compra dele, é possível otimizar custos e promover mais agilidade e assertividade, e ainda melhorar:
Teixeira alerta que os lojistas precisam utilizar essa (e qualquer outra tecnologia) com muito bom senso, sempre atentos a algumas questões importantes:
1) Mapeie as oportunidades existentes para criar experiências mais envolventes e personalizadas para os seus clientes.
2) Avalie a qualidade dos dados que a empresa dispõe para ensinar as máquinas a tomar boas decisões.
3) Avalie os custos de implantação.
4) Identifique as áreas mais sensíveis da operação, nas quais as tecnologias de IA podem gerar valor real para o negócio.
Esperamos que essas dicas o ajudem a melhorar o relacionamento com o cliente, com mensagens únicas e personalizadas. A inteligência artificial é uma ferramenta que pode ser muito útil para entender o comportamento do cliente e oferecer uma experiência única com automação.
Qual é a sua perspectiva sobre a utilização da inteligência artificial na sua loja? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre essa tecnologia com a gente!