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A força do empreendedorismo feminino.

A força do empreendedorismo feminino.

Por Presença Digital Publik • 21/08/20

Dia 26 de agosto é celebrado o Dia Internacional da Igualdade da Mulher. A data é um marco na luta das mulheres pela igualdade de oportunidades entre homens e mulheres na sociedade. 

Uma luta que vem mostrando sua força, transformando a história, no que diz respeito ao espaço da mulher na sociedade, na política e na economia. 

Para celebrar e reforçar essa luta, preparamos este artigo sobre a força do empreendedorismo feminino, que cresceu consideravelmente nas últimas décadas. As mulheres conquistam cada vez mais espaço no mercado de trabalho, embora haja muita desigualdade, o empreendedorismo feminino vem crescendo a cada ano. Em 2019, 25% das aberturas de empresas foram por mulheres. Entretanto, nem sempre foi assim.

A presença das mulheres no mercado empreendedor é uma conquista recente. Até 1962, a mulher precisava pedir uma autorização para seu marido caso quisesse trabalhar fora. 

Um pouco da história da luta das mulheres no Brasil

Foi a partir da Segunda Guerra Mundial que o trabalho da mulher passou ser visto com outros olhos. Como a maioria dos homens estavam lutando na guerra, as mulheres que ficavam, passaram a cuidar dos negócios da família e do sustento do lar e da sociedade.

Esse crescimento passou a ser maior com a chegada da revolução industrial e o aumento da demanda de mão de obra. 

“Com a revolução industrial boa parte da mão de obra feminina foi transferida para dentro das fábricas. Nessa época, o trabalho da mulher foi muito utilizado, principalmente na operação das máquinas. Os empresários preferiam as mulheres nas indústrias porque elas aceitavam salários inferiores aos dos homens, porém faziam os mesmos serviços que estes.” (PINTO MARTINS, 2008)

Desde então, as mulheres passaram a fazer parte cada vez mais do mercado de trabalho, tendo seu direito garantido através da Constituição de 1988.
Segundo o Art. 5º da Constituição Federal de 1988: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza…” e em seu Inciso I: “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”.

A força do empreendedorismo feminino

O Brasil é o sétimo país com o maior número de mulheres empreendedoras, segundo relatório do Sebrae sobre Empreendedorismo Feminino no Brasil 2019. ,ao todo são mais de 24 milhões de brasileiras tocando negócios próprios, gerando empregos e movimentando a economia.
Ainda que esse número seja positivo, existem algumas diferenças no empreendedorismo entre homens e mulheres, que precisam ser repensadas, como a desigualdade salarial.

Segundo uma pesquisa organizada pela GEM (Global Entrepreneurship Monitor), feita com base em dados de 2018, revelou que as mulheres empreendedoras estudam 16% a mais do que os homens. Em contrapartida, elas ganham menos: o rendimento médio mensal das empresárias é 22% menor.

Um dos motivos para essa diferença pode estar no tempo dedicado aos negócios, a mesma pesquisa aponta que, enquanto os homens dedicam em média, 37,5 horas ao negócio, as mulheres trabalham 30,8 horas.

Uma diferença que pode ser justificada com o desafio da maioria das mulheres, é  dividir a jornada de trabalho com as tarefas domésticas. Afinal, ainda que a mulher tenha conquistado um espaço maior na sociedade e na economia, elas continuam sendo as principais responsáveis pelo cuidado da família e da casa. 

Apesar de injusto, o mesmo desafio pode ser o que impulsiona o crescimento do empreendedorismo feminino. Já que pela necessidade de horários flexíveis, por causa dos filhos, e pela dificuldade de inserção no mercado de trabalho após a maternidade, muita mulheres decidem abrir seu próprio negócio.

Mesmo com tantos desafios o empreendedorismo feminino não pára de crescer.
Motivadas pela independência financeira, pela realização profissional, necessidade de sustentar a casa ou pelo desejo de empreender, as mulheres mostram que possuem as mesmas capacidades e habilidades que os homens nos negócios.

E não se deixam abater por preconceitos ou qualquer tipo de assédio, pelo contrário, elas se mostram cada vez mais fortes e dispostas a conquistar o seu lugar.

Uma pesquisa realizada para o relatório “Mulheres na gestão empresarial: argumentos para uma mudança”, ouviu mais de 13 mil empresas de mais de 70 países.
De acordo com o estudo: instituições que passaram a ser lideradas por mulheres obtiveram aumento nos lucros, mais facilidade para atrair e reter talentos, melhora na criatividade e inovação e progresso em relação à reputação das empresas. 

E para falar de empreendedorismo feminino, nada melhor que uma empreendedora mulher não é?! Convidamos uma de nossas parceiras de negócio para representar todas as mulheres, numa entrevista, contando como é exercer esse papel.

Confira nossa entrevista com a empreendedora e proprietária da Loja de Móveis Cordeiro, Micalane Cordeiro Bezerra, 27 anos.

Blog da Gazin – Há quanto tempo você é empreendedora? E qual o segmento do seu negócio?

Micalane Cordeiro – Sou empreendedora há 6 anos. Assumi a linha de frente dos negócios da minha família, logo depois de ter terminado a primeira faculdade em Administração. Hoje dirijo o negócio familiar, um grupo de 4 lojas de móveis e eletros, que tem 25 anos de mercado e há 8 meses abri minha própria loja, de material de construção, que dirijo com meu esposo.

Blog da Gazin – Como foi o início do seu empreendedorismo? Você enfrentou algum tipo de desafio na hora de montar o seu negócio, pelo fato se ser mulher? Ou isso nunca afetou o seu trabalho?

Micalane Cordeiro – Na realidade sei que não deve ser fácil pra uma mulher criar um negócio do zero e levantar o capital, Porque requer muito estudo de gastos, produtos, fornecedores, etc. Estudei quase 1 ano pra abrir minha loja de material de construção, mesmo porque é um ramo que não tinha muito conhecimento, mas escolhi porque era a necessidade do mercado na minha cidade, e vem dando certo. Por outro lado, não é fácil assumir a frente de um negócio que já era dirigido por um homem há mais de 15 anos, mesmo porque a maioria dos colaboradores são homens também, levei um tempo pra conseguir a confiança e ter credibilidade com todos, por ser jovem e ser mulher, mas tive sorte de ter o apoio de pessoas que já tinham experiência me orientando.
Mudar a figura de direção de um negócio que já existe não é fácil, mas hoje vejo que exerço meu papel com eficiência e que conseguimos ao longo desses 6 anos passar por várias mudanças estruturais e administrativas que nos fizeram crescer, inclusive abrindo outra filial, o que fez com que as pessoas tivessem mais confiança. Acho que hoje, a principal dificuldade é essa: provar que som

os capazes, conquistar a confiança. Porque ainda somos vistas como frágil e às vezes até como incapazes. Mas é muito gratificante quando provamos o contrário.

Blog da Gazin –  Um desafio muito citado pelas empreendedoras é conciliar negócio e família. Você teve filhos? Como é lidar com essa divisão de tempo?

Micalane Cordeiro – Tenho uma filha de 2 anos e meio, e a realidade é que não dá pra ter licença maternidade, porque o negócio não pode parar, o telefone não vai parar de tocar. E ainda ter que lidar com as cobranças dos familiares dizendo “você só pensa em trabalho” “você não sai do telefone” “você não me dá atenção”.
Acho que todas passamos por isso. Mas pra mim é natural, tentar resolver o máximo de coisas possíveis em um dia. Tem coisas que não dá para prever, problemas vão aparecer sem avisar. E AMAR o que se faz provoca isso também, um prazer contínuo em realizar, trabalhar, resolver conflitos.
Devemos nos sentir privilegiadas em fazer o que amamos, são poucos que conseguem fazer isso. E a família? A gente vai dando conta como sempre.

Blog da Gazin –  Qual a principal característica da mulher, na sua opinião, que favorece o empreendedorismo?

Micalane Cordeiro – As mulheres empreendedoras tendem a ser fortes, trabalhadoras, criativas, motivadas e apaixonadas pelo que fazem. Acho que é essa paixão, esse comprometimento que nos diferencia.

Blog da Gazin –  O que você espera que mude no empreendedorismo para que ele se torne mais acessível e justo para as futuras empreendedoras?

Micalane Cordeiro – Acho que o mercado no geral, precisa ver a mulher como ela realmente é, não somos iguais aos homens, somos diferentes, e o mercado precisa aceitar essa diferença. E as mulheres também.
Precisamos nos posicionar com coragem e abraçar o negócio com paixão. Só assim é possível realizar o sonho de empreender. Tudo depende do nosso esforço e luta!

Micalane Cordeiro Bezerra, 27 anos. Graduada em Administração e Ciências Contábeis, Pós Graduada em Finanças.

 

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