Recentemente, mostramos aqui no Blog do Varejo os principais resultados da última edição do relatório Webshoppers em relação ao desempenho do comércio eletrônico no Brasil em 2016. Dando continuidade à análise desse estudo, hoje vamos mostrar quais são as expectativas para o e-commerce em 2017.

Se ainda não leu o primeiro artigo sobre o estudo, clique aqui e confira.

Melhora no cenário econômico deve acelerar o crescimento do e-commerce

Especialistas apontam que 2017 deve ser o início da recuperação econômica no Brasil. A expectativa é que haja um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e queda da inflação e da taxa de juros – o que, consequentemente, contribui para o aumento do consumo.

“O comércio eletrônico neste cenário deverá voltar a crescer em um ritmo acima do apresentado em 2016, e com muito espaço para progresso nos próximos anos. Com as altas taxas de desemprego no país e com o avanço de plataformas de e-commerce e dos marketplaces, acreditamos que novos empreendedores surgirão no varejo on-line brasileiro em 2017. Devido ao aperto no bolso dos consumidores, teremos reforço nas vantagens competitivas do varejo on-line”, destaca Pedro Guasti, CEO da Ebit.

Com a contínua migração das vendas para o meio digital, a Ebit prevê um crescimento de 12% no faturamento do comércio eletrônico, atingindo um total de R$49,7 bilhões em 2017.

Segundo o estudo, esse crescimento no faturamento será impulsionado pelo aumento de preços e também pela maior participação das vendas para categorias como eletrodoméstico, smartphones, casa e decoração, e peças e acessórios automotivos.

Tíquete médio e volume de pedidos

O relatório Webshoppers também aponta que, em 2017, deve haver um crescimento de 8% do tíquete médio, atingindo o valor médio anual de R$ 452,00 – especialmente devido à venda de produtos de maior valor agregado.

Além disso, a estimativa é que neste ano também haja um crescimento de 3,5% no total de pedidos online, chegando a um total de 110 milhões.

“O aumento das vendas em lojas virtuais no país também se deve aos novos hábitos de consumo da população. A migração das compras do varejo físico para o comércio eletrônico contribuirá para aumento das vendas. Estimamos que em 2017 as vendas do e-commerce representarão cerca de 4,3% das vendas do varejo no Brasil, ante 3,8% em 2016”, frisa André Dias, COO da Ebit.

Dispositivos móveis

Em 2016, as compras via dispositivos móveis ajudaram a manter o crescimento do e-commerce. Em 2017, smartphones e tablets devem continuar exercendo um papel importante nas transações do comércio eletrônico.  

A estimativa da Ebit é que este ano a participação dos dispositivos móveis nas compras virtuais tenha um crescimento de 41%, podendo chegar ao final do ano representando 32% das compras virtuais.

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Informações: Relatório Webshoppers Ebit   |   Imagens: Freepik