Um cliente entra em uma loja (física), tira o celular do bolso e começa a comparar os preços com os de lojas virtual para, depois, sair dali e comprar em um e-commerce.
É muito provável que você, lojista que nos lê, já tenha vivido uma situação assim. Como você se sente em relação a isso? Acha uma comparação desleal? Sente-se traído pelo cliente?
Pois bem, nós temos uma notícia pra você: é bom ir se acostumando com isso, pois essa é a realidade da nova era do consumo digital!
Pesquisas apontam que 83% das pessoas que compram em lojas virtuais observam as vitrines das lojas físicas antes de fecharem a compra pela internet. Essa realidade, então, exige que você repense seu posicionamento e as formas como se relaciona com os clientes!
Para acompanhar as transformações do mercado, é preciso adotar estratégias que aproximem sua loja do seu consumidor e de seus novos hábitos de consumo.
Para lhe mostrar como fazer isso, trouxemos um estudo feito pela Harvard Business Review, baseado em um case fictício, mas que mostra a realidade de muitas empresas atualmente – e que pode ser a sua realidade também. Saiba mais a seguir:
A situação descrita na primeira frase deste artigo é a exemplificação do que é o showrooming na prática – fenômeno cada vez mais comum no varejo.
Showrooming é quando o cliente vai até a loja física, pesquisa especificações, cores, medidas e preço de um produto para, depois, comprá-lo em uma loja virtual por um valor menor.
Em seu estudo, a Harvard Business Review conta a história da Benjy’s, uma rede de varejo que vende aparelhos eletrônicos.
Um cenário muito complicado, não é mesmo? Diante disso, os executivos da empresa apontaram duas direções possíveis. Uma mais defensiva e outra mais ofensiva:
Defensiva:
- Dificultar os showrooms para os clientes e igualar os preços dos concorrentes virtuais caso os clientes encontrassem na internet preços mais atrativos que os praticados pela Benjy’s. Com essa tática, a rede ganharia em venda por escala.
Ofensiva:
- A rede deveria se desprender de seus concorrentes, oferecendo serviços diferenciados, com um mix de produtos especiais e colaboradores bem informados e treinados que também pudessem oferecer uma boa experiência pós-venda ao cliente.
Veja, a seguir, a opinião de alguns especialistas sobre como a Benjy’s (ou a sua loja) pode reconquistar esses clientes que estão fazendo showrooming e comprando online nos concorrentes:
“A empresa está esquecendo de pedir feedback a clientes e prospects. Por que alguns compram online e outros vão às lojas? Por que alguns usam o showroom e outros não? Aparentemente, acredita-se que o preço é o motivo das compras online. Mas talvez haja outra hipótese. Talvez, a indisponibilidade dos produtos possa ser um problema, a variedade também pode ser outro empecilho, ou ainda algum aspecto da experiência de compra. As respostas dos clientes devem ajudá-lo a entender como vencer o fenômeno showrooming e como fidelizar clientes que gostam de fazer compras em lojas físicas, e não no mundo virtual.”
Roberto Leão – executivo da área de finanças de uma organização global do segmento de varejo.
“Benjy’s também poderia explorar a possibilidade de se tornar um site com conhecimentos importantes sobre eletrônicos e aplicativos ou qualquer outro produto que a rede venda. Isso é o que fazemos na Wayfair, somos uma espécie de Wikipédia dos móveis, milhões de visitantes entram no nosso site de olho nas informações que temos. Dessa forma, nós os encorajamos a efetuar a compra no site e também aprendemos muito com suas buscas.”
Steve Conine, cofundador e responsável pela área de tecnologia da Wayfair, loja de varejo virtual de móveis e decoração.
“As ações da loja física precisam estar integradas às plataformas digitais da empresa, assim, as experiências de compra online e nas lojas físicas podem ser complementares. Os clientes não podem pensar numa loja virtual Benjy’s e numa loja física da Benjy’s. A empresa precisa usar o seu website para expandir a variedade de produtos nas lojas físicas e ajudar o consumidor a encontrar o melhor produto e de melhor qualidade sem precisar fazer sozinho esta pesquisa. Aí estão as oportunidades”.
Roberto Leão – executivo da área de finanças de uma organização global do segmento de varejo.
Informações: Harvard Business Review Imagens: freepik e PhotoDuneEntão, o que achou da história da Benjy’s? Você enfrenta algo parecido aí em sua loja? Esperamos que esse post tenha lhe trazido algumas ideias e inspirações para encarar essa nova realidade. Se você ficou com alguma dúvida, fique à vontade para deixar um comentário aqui embaixo. Vamos adorar saber a sua visão sobre esse tema!
Muito bom artigo, muito obrigado pelo seu trabalho. Falando em economia, julgo que será interessante usar salas de dados virtuais para um gestão de documentos mais seguro e mais conveniente.
Bom dia!
Sembre estou vendo tudo que vocês postam e esta matérias como outras são muito importantes para os nossos conhecimento e crescimento profissional, sem mais, muito obrigado.
Vagner Lira.