O futuro pode ser muito promissor para o pequeno varejo. Neste artigo, escrito especialmente para a terceira edição da Revista do Varejo, revelamos o que você precisa fazer para garantir que sua loja prospere hoje, amanhã e sempre.
Há quatro anos nós nos dedicamos a compartilhar informações relevantes para você, varejista, aqui no Blog do Varejo.
Durante esse período, pudemos entender melhor as suas necessidades e, ainda, acompanhar as transformações pelas quais o varejo vem passando. Essa, aliás, é uma tarefa diária, que envolve muita pesquisa, participação em eventos, visitas a lojas, entrevistas com especialistas e conversas com você, que está diariamente no balcão da loja. Visando aprofundar esse contato, há alguns meses lançamos o Data Varejo, o instituto de pesquisas e tendências da Gazin Atacado.
Em nossa primeira pesquisa, entrevistamos dezenas de clientes do atacado para entender as dificuldades que eles enfrentam, os desafios para o futuro, suas estratégias para se manterem relevantes, sua visão sobre as tendências que estão transformando o mercado e o que têm feito para inovar, e assim por diante.
Hoje, quero compartilhar com você algumas das descobertas que fizemos e dar dicas sobre como lidar com essas grandes transformações do varejo – que têm muito a ver com a tecnologia, é verdade, mas não somente com ela.
A grande verdade é que é fácil se perder entre as incontáveis novidades que chegam ao varejo dia após dia. Essa, aliás, foi uma queixa comum entre os participantes da pesquisa.
A má notícia que, sim, é difícil. Porém, o nível de dificuldade se equipara como o de importância.
Você simplesmente não pode abrir mão de entender os impactos das transformações que vão afetar o futuro de sua loja!
É fundamental incluir o estudo sobre tendências e inovação no varejo em sua rotina. Sobre isso, é bom dizer que ficamos preocupados com o fato de que muitas pessoas que responderam a pesquisa afirmaram que não têm buscado fazer diferente.
A boa notícia é que a Gazin já oferece praticamente tudo o que você precisa em termos de informação e conhecimento, em diferentes plataformas. Este blog, por exemplo, é um guia. Bem como nossos perfis nas redes sociais.
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Uma das perguntas que fizemos na pesquisa do Data Varejo foi sobre como os varejistas imaginam sua loja no futuro.
É verdade que tivemos algumas previsões negativas e até catastróficas. Por outro lado, recebemos diversos depoimentos otimistas e coerentes com a realidade de quem está se preparando.
“Com essas mudanças rápidas que estão acontecendo é difícil projetar ou imaginar o futuro da minha atividade. Porém, posso dizer que saí da zona de conforto, descruzei os braços e não coloquei a mão no bolso. Estou trabalhando muito para achar alternativas.”
conta Paulo Gomes do Nascimento Filho, proprietário da Lojas Revolução, situada em Moreira Sales (PR).
É importante perceber que mesmo que a tecnologia possa ser vista como um dos grandes desafios para o futuro do pequeno varejista, não é apenas o bom uso dela que garantirá o sucesso.
Para a sua empresa não apenas sobreviver ao futuro, mas ser uma referência, diversos fatores importam. A tecnologia, naturalmente, está entre eles. Mas não somente – e muito menos de forma isolada.
Em comum entre os varejistas mais atentos há um olhar direcionado a entender que o mundo está mudando. Por causa disso, é cada vez mais necessário pensar (e fazer) diferente.
Como os participantes da primeira pesquisa do Data Varejo imaginam que será a loja do futuro:
E para você, como será a loja do futuro?
O futuro, porém, depende do que construímos hoje.
Pensando nisso, na pesquisa também pedimos para os varejistas revelarem o que estão fazendo agora para se manterem relevantes “amanhã”. Novamente, a tecnologia faz parte dos planos em alguns casos, mas não é regra. O que importa, acima de tudo, é o quanto o cliente vê valor em comprar de você.
Isso pode até estar relacionado com o melhor preço, em alguns casos, mas a “regra” é muito mais voltada a experiências, facilidades e conveniências.
Estas são algumas ideias que os clientes da Gazin Atacado estão colocando em prática:
– Passei a vender pela internet, estou abrindo mais um ponto de venda físico em uma cidade com menos concorrência, aumentei o investimento em divulgação (rádios FMs da região e propaganda de som volante de 2 horas por dia em cada cidade) e faço vendas específicas de produtos com panfletos.
– Estamos nos atualizando com softwares de gestão.
– Estamos focando no atendimento, na entrega – que é feita pela própria loja – e oferecendo parcelamento em até 24 vezes.
– Estou transformando minha loja em omnicanal e tentando usar o conhecimento da loja física para a mídias digitais.
– Estamos buscando atender mais de perto os nossos clientes, treinando os nossos vendedores, entregando e montando os móveis e eletrodomésticos sem custo.
– Passamos a aplicar novos sistemas de gestão de clientes e estamos estreitando o relacionamento com o cliente.
– Temos pesquisado novas plataformas e meios de venda, além da loja física.
Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), explica que a tecnologia deve ser útil para duas coisas:
– Melhorar a experiência de compra de um cliente
e/ou
– Reduzir os custos.
“Ela pode ser utilizada, por exemplo, para oferecer mais produtos, de forma digital, além daqueles disponíveis na loja física. Ou ainda para realizar cobranças, reduzindo atritos e burocracias”, indica.
Eduardo Terra – Foto: João Guilherme Brotto, Handmade Content
O especialista aponta que o segredo para utilizar a tecnologia de maneira eficiente é conhecer o cliente e descobrir como as ferramentas digitais podem beneficiá-lo. Assim, você poderá investir no que tem valor para o seu consumidor.
Neste sentido, o presidente da SBVC destaca que na hora de decidir em quais tecnologias investir, você faça as seguintes perguntas:
Decisões baseadas nesses questionamentos definitivamente têm muito mais chances de sucesso do que decisões feitas com base em simples “achismos”. A tecnologia deve ser vista como um meio, não um fim.
Como pequeno varejista, você tem a seu favor algo que os grandes tentam copiar com grande dificuldade: a proximidade com seu cliente.
A essência do varejo está ligada à customização, ao bom atendimento, a conhecer o cliente pelo nome e a ter relações estreitas com a comunidade em que se está inserido.
“As pequenas empresas podem ser muito boas no atendimento ao cliente, na personalização da loja e em fazer escolhas certas para os mercados locais. Elas não precisam ter medo da falta de escala e da concorrência com as grandes empresas. Precisam ter medo do apego às tradições e da irrelevância”.
aponta Neil Stern, especialista em planejamento estratégico e desenvolvimento de novas práticas no varejo.
O atendimento personalizado foi outro tópico abordado em nossa pesquisa que rendeu comentários inteligentes e práticos dos nossos clientes e que podem servir de base para você se inspirar.
Espero que as reflexões e dicas que compartilhei aqui o inspirem a fazer diferente. Para se manter em dia com os estudos sobre as tendências e transformações do varejo, recomendo que visite o Blog do Varejo diariamente, pois ajudá-lo a construir o futuro é uma de nossas maiores preocupações.
Caso deseje conversar a respeito do tema, entre em contato consco. Para isso, basta clicar aqui.
Enquanto isso, para facilitar o pontapé inicial de seus estudos, recomendo a leitura dos seguintes artigos:
Sucesso e boas vendas – hoje e sempre!
Por João Guilherme Brotto, especialmente para a Revista do Varejo